terça-feira, 5 de outubro de 2010


A Igreja Reformada

A data exata fixada pelos historiadores como início da grande Reforma foi registrada como 31 de outubro de 1517. Na manhã desse dia, Martinho Lutero afixou na porta da Catedral de Wittenberg, Alemanha, um pergaminho que continha noventa e cinco teses ou declarações, quase todas relacionadas com a venda de bulas de indulgências (essas bulas eram assinadas pelo papa, as quais possuíam a virtude de conceder perdão de todos os pecados, não só aos possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou vivos, em cujo nome fossem as bulas compradas, sem necessidade de confissão, nem absolvição pelo sacerdote). Assim, começou o movimento que Estado e igreja em vão fizeram tudo por abafar. Lutero, porém, permaneceu firme, e os ataques que lhe dirigiam, apenas serviram para tornar mais resoluta sua oposição às doutrinas não apoiadas pelas Escrituras Sagradas.
Depois que o protestantismo começou na Alemanha, surgiu uma segunda manifestação do movimento sob a direção de Ulrico Zuínglio, em Zurique, e João Calvino , em Genebra, na Suíça. Esse novo movimento, por promover uma ruptura mais profunda com a igreja medieval e em seu retorno as Escrituras, recebeu o nome de movimento reformado e seus simpatizante ficaram conhecidos como “reformados”.
Até hoje, de acordo com o Rev. Alderi Souza de Matos, as igrejas ligadas a essa tradição no continente europeu são conhecidas como Igrejas Reformadas. Porém, o termo reformado, segundo o historiador em epígrafe, “é um conceito abrangente que inclui todo um modo de encarar a vida e o mundo a partir de uma série de pressupostos, dentre os quais se destaca a soberania de Deus”.

Rev. Dorival Carvalho da Silva